Couve-Mal
(Para Meléndez)
I
Dois figos dentro de uma cereja
De dura maturidade frágil
Espreme-la com garfo de prata
Até ser líquido húmido,
Pegajento e mal cheiroso
E importunar o poeta
Com ele escrever poemas de ausência
Sem medo de palavras
Escreva e descreva
A cegueira em seus versos
II
Sílabas pintadas de verde
Disfarçadas de folhas.
Já eras novo e comias.
Eu estava longe.
Riscavas com giz verde
A fome da tua infância
Aspirando ingeri-la.
Em legado deixa-me as couves
Finge que me ouves.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
A Arte Abstracta Não Morreu!
Mário Cesariny
O Álvaro gosta muito de levar no cu
O Alberto nem por isso
O Ricardo dá-lhes mais para ir
O Fernando emociona-se e não consegue acabar.
O Campos
Em podendo fazia-o mais de uma vez por dia.
Ficavam-lhe os olhos Brancos
E não falava, mordia. O Alberto
É mais por causa da fotografia
Das árvores altas nos montes perto
Quando passam rapazes
O que nem sempre sucedia.
O Fernando o seu maior desejo desde adulto
(Mas já na tenra idade lhe provia)
Era ver os hètèros a foder uns com os outros
Pela Seguinte ordem e teoria:
O Ricardo no chão, debaixo de todos (era molengão
Em não se tratando de anacreônticas) introduzia-
-Se no Alberto até à base
E com algum incómodo o Alberto erguia
Nos Pulsos a ordem da Kabalia
Tentando passá-lo ao Álvaro
Que enroscado no Search mordia mordia
E a mais não dava atenção.
O Search tentava
Apanhar o membro do Bernardo
Que crescia sem parança direcção espaço
E era o que mais avultava na dança
Das pernas do maço da heteronomia
A que aliás o Search era um pouco emprestado
Como de ajuda externa (de janela do lado)
Àquela endemonia
Hoje em dia moderna e caso arrumado.
Formando o quadrado
Era quando o Aleyster Crowel aparecia.
«Iô Pan! Iô Pã!», dizia,
E era Felatio para todos
E Pão de ló molhado em malvasia.
(...)
In «O Virgem Negra - Fernando Pessoa explicado às criancinhas naturais e estrangeiras por M.C.V.»
O Alberto nem por isso
O Ricardo dá-lhes mais para ir
O Fernando emociona-se e não consegue acabar.
O Campos
Em podendo fazia-o mais de uma vez por dia.
Ficavam-lhe os olhos Brancos
E não falava, mordia. O Alberto
É mais por causa da fotografia
Das árvores altas nos montes perto
Quando passam rapazes
O que nem sempre sucedia.
O Fernando o seu maior desejo desde adulto
(Mas já na tenra idade lhe provia)
Era ver os hètèros a foder uns com os outros
Pela Seguinte ordem e teoria:
O Ricardo no chão, debaixo de todos (era molengão
Em não se tratando de anacreônticas) introduzia-
-Se no Alberto até à base
E com algum incómodo o Alberto erguia
Nos Pulsos a ordem da Kabalia
Tentando passá-lo ao Álvaro
Que enroscado no Search mordia mordia
E a mais não dava atenção.
O Search tentava
Apanhar o membro do Bernardo
Que crescia sem parança direcção espaço
E era o que mais avultava na dança
Das pernas do maço da heteronomia
A que aliás o Search era um pouco emprestado
Como de ajuda externa (de janela do lado)
Àquela endemonia
Hoje em dia moderna e caso arrumado.
Formando o quadrado
Era quando o Aleyster Crowel aparecia.
«Iô Pan! Iô Pã!», dizia,
E era Felatio para todos
E Pão de ló molhado em malvasia.
(...)
In «O Virgem Negra - Fernando Pessoa explicado às criancinhas naturais e estrangeiras por M.C.V.»
Óssip Mandelstam
Que raio de rua é esta?
É a rua Mandelstam.
Mas que diabo de nome,
por mais voltas que lhe dês,
soa torto, enviesado.
Ele era pouco linear
e de jeito nada brando.
É por isso que esta rua,
ou melhor, este buraco,
se conhece pelo nome
de um tal Mandelstam.
Abril de 1935.
in «Fogo Errante, Antologia poética», Tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra.
É a rua Mandelstam.
Mas que diabo de nome,
por mais voltas que lhe dês,
soa torto, enviesado.
Ele era pouco linear
e de jeito nada brando.
É por isso que esta rua,
ou melhor, este buraco,
se conhece pelo nome
de um tal Mandelstam.
Abril de 1935.
in «Fogo Errante, Antologia poética», Tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra.
Thom Gunn
O filho do homem do Talho
Cerca de um mês antes
Do fim da guerra informaram
Mr. Piece, o homem do talho,
Que o filho estava desaparecido.
Calvo, alto, meticuloso, o homem
Ficava-se pela loja, sem encontrar
Um fim para a sua tristeza
Num lugar onde pudesse estancá-la.
Quando a minha tia entrou
Para entregar o leite,
Ele falou, ao seu jeito sereno
De atencioso professor,
Mas as palavras ficavam aquém,
Virou-se de novo para a carne.
A mensagem fora um engano.
Mais tarde nesse verão húmido,
Numa festa do liceu local,
Eu vi, regressado, o filho,
Ainda de farda.
Embora ausente, Mr. Pierce
Estava como que implícito
No filho, que se parecia com ele
Excepto no cabelo ruivo.
Lembro-me muito bem dele
Rodeado pelos amigos,
Irradia agora uma vida
Reforçada, porque restituída,
E lembro-me também de que
No seu franco sorriso
Os lábios dele continham os do pai
Como uma luz dentro da luz
Que ele aponta a toda a parte.
in Revista «Telhados de vidro» nº 4, 2005, Tradução de Rui Pires Cabral.
Cerca de um mês antes
Do fim da guerra informaram
Mr. Piece, o homem do talho,
Que o filho estava desaparecido.
Calvo, alto, meticuloso, o homem
Ficava-se pela loja, sem encontrar
Um fim para a sua tristeza
Num lugar onde pudesse estancá-la.
Quando a minha tia entrou
Para entregar o leite,
Ele falou, ao seu jeito sereno
De atencioso professor,
Mas as palavras ficavam aquém,
Virou-se de novo para a carne.
A mensagem fora um engano.
Mais tarde nesse verão húmido,
Numa festa do liceu local,
Eu vi, regressado, o filho,
Ainda de farda.
Embora ausente, Mr. Pierce
Estava como que implícito
No filho, que se parecia com ele
Excepto no cabelo ruivo.
Lembro-me muito bem dele
Rodeado pelos amigos,
Irradia agora uma vida
Reforçada, porque restituída,
E lembro-me também de que
No seu franco sorriso
Os lábios dele continham os do pai
Como uma luz dentro da luz
Que ele aponta a toda a parte.
in Revista «Telhados de vidro» nº 4, 2005, Tradução de Rui Pires Cabral.
Russel Edson
O Cemitério secreto
Os elefantes gostam de roupa interior em serapilheira.
veste melhor que a seda e tem mais estilo.
É um apetite tímido. A roupa interior envergonha-os.
Quando são tomados pelo desejo, dirigem-se para o
cemitério secreto dos elefantes. Niguém sabe onde fica.
Sentem-se seguros aí.
Rodeados pelos ossos embranquecidos dos seus
antepassados entregam-se timidamente ao toque delicioso
da serapilheira. Sentem-se mais nus quando a usam. Não
sabem porquê e isto fá-los dar risadinhas.
Claro que não podem reentrar na floresta em roupa
interior. Não vá uma hiena rir-se. E se o Tarzan visse...
Infelizmente são obrigados a deixar a roupa interior nos
ossos dos seus antepassados.
Ocorre-lhes murmurar preces curtas ao sair...
in «O Espelho Atormentado» Russel Edson, tradução de Guilherme Mendonça.
Os elefantes gostam de roupa interior em serapilheira.
veste melhor que a seda e tem mais estilo.
É um apetite tímido. A roupa interior envergonha-os.
Quando são tomados pelo desejo, dirigem-se para o
cemitério secreto dos elefantes. Niguém sabe onde fica.
Sentem-se seguros aí.
Rodeados pelos ossos embranquecidos dos seus
antepassados entregam-se timidamente ao toque delicioso
da serapilheira. Sentem-se mais nus quando a usam. Não
sabem porquê e isto fá-los dar risadinhas.
Claro que não podem reentrar na floresta em roupa
interior. Não vá uma hiena rir-se. E se o Tarzan visse...
Infelizmente são obrigados a deixar a roupa interior nos
ossos dos seus antepassados.
Ocorre-lhes murmurar preces curtas ao sair...
in «O Espelho Atormentado» Russel Edson, tradução de Guilherme Mendonça.
...A cor do silêncio...
Uma lágrima escorre
lentamente na palidez
de meus olhos
Uma pele clara
adormece em feridas
de luz
Um pensamento rígido
colhe palavras
em silêncio
Onde a transparência fere
a inevitabilidade do tempo.
lentamente na palidez
de meus olhos
Uma pele clara
adormece em feridas
de luz
Um pensamento rígido
colhe palavras
em silêncio
Onde a transparência fere
a inevitabilidade do tempo.
domingo, 2 de agosto de 2009
Contra a Censura na Arte
sábado, 1 de agosto de 2009
Vitor Teves como Pseudo-fotógrafo
Todo o pormenor é semi Abstracto e todo o pormenor do pormenor é Abstracto. Textura, cor, tradição de reboço e faixas coloridas, constituem elementos visuais apelativos, ainda mais quando o Basalto negro é visível:
Objecivo: criar uma linha diagonal do canto superior esquerdo ao canto inferior direito. Metáfora do Real e do Imaginário, do mundo das Sombras e da Realidade fisica:
Criar o mar como pano de fundo a uma flora e fauna tipicamente açorianas:
P.S.- O artista não usou Photoshop, por isso o «New York Times» não aceitou os seus trabalhos. lol
Objecivo: criar uma linha diagonal do canto superior esquerdo ao canto inferior direito. Metáfora do Real e do Imaginário, do mundo das Sombras e da Realidade fisica:
Criar o mar como pano de fundo a uma flora e fauna tipicamente açorianas:
P.S.- O artista não usou Photoshop, por isso o «New York Times» não aceitou os seus trabalhos. lol
Etiquetas:
Açores.,
Vitor Teves - Tiradas em 2008
LENINE
Lenine I – O Amor ou Dos seus Pêlos.
O teu rosto apesar de nunca o ter visto
Não me é estranho.
A tua careca excita-me, assim como os teus
Pêlos púbicos enfraquecidos.
Quando no meio da multidão ergues o teu
Braço imagino a pujança do
Teu membro na tua juventude.
Eu lambistova, sempre amei esse teu
Cheiro a cebolas misturado com voldka.
Lenine II – O homem ou Da sua Careca.
Na tua careca comunista vi patinar
Um piolho russo, trazido dos
Campos de concentração da Sibéria.
Pensei por momentos ser uma pulga
Do teu amigo mais íntimo, mas não!
Piolho forçado a deixar o seu lar.
Triste piolho que tantas figuras tristes produz.
Lenine III – O legado ou Porque não sou comunista.
Não me obrigarás a vestir esse horrível uniforme
Verde couve e a declamar orações ao teu rosto magro.
Poderás até colar uma etiqueta falsificada da
Dolce & Gabanna mas não me convencerás. Não o vestirei.
Nos meus livros e na minha liberdade não lhes tocarás
E sempre que quiser, mal de ti, direi, com ou sem Vodlka.
Absolut… anti-comunista até à morte.
O teu rosto apesar de nunca o ter visto
Não me é estranho.
A tua careca excita-me, assim como os teus
Pêlos púbicos enfraquecidos.
Quando no meio da multidão ergues o teu
Braço imagino a pujança do
Teu membro na tua juventude.
Eu lambistova, sempre amei esse teu
Cheiro a cebolas misturado com voldka.
Lenine II – O homem ou Da sua Careca.
Na tua careca comunista vi patinar
Um piolho russo, trazido dos
Campos de concentração da Sibéria.
Pensei por momentos ser uma pulga
Do teu amigo mais íntimo, mas não!
Piolho forçado a deixar o seu lar.
Triste piolho que tantas figuras tristes produz.
Lenine III – O legado ou Porque não sou comunista.
Não me obrigarás a vestir esse horrível uniforme
Verde couve e a declamar orações ao teu rosto magro.
Poderás até colar uma etiqueta falsificada da
Dolce & Gabanna mas não me convencerás. Não o vestirei.
Nos meus livros e na minha liberdade não lhes tocarás
E sempre que quiser, mal de ti, direi, com ou sem Vodlka.
Absolut… anti-comunista até à morte.
Novalis Nada
Deixemos o misterioso de lado
E contentemo-nos com o mundano.
Ao infinito retiro-lhe o in
E rapidamente ficamos diminuídos
À nossa quotidiana e finda monotonia.
Novalis quando estiveres perto
Da imensidão da alta montanha, chama-me!
E rapidamente atirar-te-ei ao Abismo
E contigo toda a nostalgia da Noite!
Que culpa tenho eu das tuas paranóias depressivas
E do teu Amor pelo infinito?
Deixemos ao valor do Nada a tua impertinente Presença
E a poesia seria muito mais Humana.
E contentemo-nos com o mundano.
Ao infinito retiro-lhe o in
E rapidamente ficamos diminuídos
À nossa quotidiana e finda monotonia.
Novalis quando estiveres perto
Da imensidão da alta montanha, chama-me!
E rapidamente atirar-te-ei ao Abismo
E contigo toda a nostalgia da Noite!
Que culpa tenho eu das tuas paranóias depressivas
E do teu Amor pelo infinito?
Deixemos ao valor do Nada a tua impertinente Presença
E a poesia seria muito mais Humana.
Misera palavra de cão
Desilusão Desilusão Desilusão
DE SI LU SÃO
se o cão fosse Lu
e DE SI comesse o pão
como seria então
essa composição?
misera palavra de cão
que desenhou desilusão
e dessa união
morreu meu coração.
pobre poema com tanto ão
não fosse ter a ilusão
de correr com tanto cão!
DE SI LU SÃO
se o cão fosse Lu
e DE SI comesse o pão
como seria então
essa composição?
misera palavra de cão
que desenhou desilusão
e dessa união
morreu meu coração.
pobre poema com tanto ão
não fosse ter a ilusão
de correr com tanto cão!
O homem da luva branca
Poema "SuperWomen" – (For Laurie Anderson)
A……Electrónicos biquinis de prata (A32)
A ……Atómicos dildos desenhados em merda (A31)
A……Quântico esperma em vasos de cristal (A30)
A……Acústicos orgasmos de ouro (A29)
A……Discos rígidos de mineral puro (A28)
A……Mp3s corroídos por chatos guerreiros (A27)
A……Ipod com ursos da Sibéria (A26)
A……Mineiros com tesudos caralhos de lapiz-lazuli (A25)
A……Mama (A24)
A……Mama (A23)
A……Mama (A22)
A……Aéreos cus de deuses arcaicos (A21)
A……Partículas de absurdo espalhadas no desejo (A20)
A……Porto de engates de minhocas (A19)
A……Sistemas nervosos em vaginas de plástico (A18)
A……Mésons em crise financeira e sem cartões de platina (A17)
A……Seios peludos cheios de antimatéria (A16)
A……Cd’s riscados com gemidos gays (A15)
A……Mama (A14)
A……Mama (A13)
A……Mama (A12)
A…...Óculos em urina purpurina (A11)
A......Estados excitados de radioactividade pura (A10)
A...... Núcleos duros feitos de mármore mole (A9)
A......Orelhas magnéticas de raios ultra violetas (A8)
A......Eléctrons de Thomson em desertos quentes (A7)
A......Pêlos púbicos cheios de tesão (A6)
A......Correntes de aço sobre barrigas de aluguer (A5)
A......Potentes mísseis virados para o gelo (A4)
A......Mama (A3)
A......Mama (A2)
A......Mana (A1).
A ……Atómicos dildos desenhados em merda (A31)
A……Quântico esperma em vasos de cristal (A30)
A……Acústicos orgasmos de ouro (A29)
A……Discos rígidos de mineral puro (A28)
A……Mp3s corroídos por chatos guerreiros (A27)
A……Ipod com ursos da Sibéria (A26)
A……Mineiros com tesudos caralhos de lapiz-lazuli (A25)
A……Mama (A24)
A……Mama (A23)
A……Mama (A22)
A……Aéreos cus de deuses arcaicos (A21)
A……Partículas de absurdo espalhadas no desejo (A20)
A……Porto de engates de minhocas (A19)
A……Sistemas nervosos em vaginas de plástico (A18)
A……Mésons em crise financeira e sem cartões de platina (A17)
A……Seios peludos cheios de antimatéria (A16)
A……Cd’s riscados com gemidos gays (A15)
A……Mama (A14)
A……Mama (A13)
A……Mama (A12)
A…...Óculos em urina purpurina (A11)
A......Estados excitados de radioactividade pura (A10)
A...... Núcleos duros feitos de mármore mole (A9)
A......Orelhas magnéticas de raios ultra violetas (A8)
A......Eléctrons de Thomson em desertos quentes (A7)
A......Pêlos púbicos cheios de tesão (A6)
A......Correntes de aço sobre barrigas de aluguer (A5)
A......Potentes mísseis virados para o gelo (A4)
A......Mama (A3)
A......Mama (A2)
A......Mana (A1).
Visão de Gubaidulina
I
Vater. Os olhos ensanguentados no céu
Vergib. As mãos sujas pregadas na dor
Ihnen. Os secos lábios entreabertos
Denn. Olhos, mãos, lábios e um coração perfurado
Sie. Evocam o pai que o ama!
Wissen. Nuns olhos onde se espelha o trovão
Nicht. Proclama palavras do seu perdão.
Was. O seu corpo vai secando no ar frio
Sie. O seu sangue escorregando na madeira espessa
Tun. E em seu redor duros corações de multidão.
II
Weib. Pálida mulher de azul casto
Siebe. De firmes olhos dolorosos
Das. Recolhe o meu corpo!
Ist. Deixai etéreos olhos meus pés
Dein. E fixai-os no homem ao teu ombro!
Sohn. Mãe, novo filho implora o teu beijo!
Siehe. Irmão, imaculado ninho te espera
Das. Onde o manto azul cobrir-te-á
Ist. Nas horas de incertos nevoeiros.
Deine. E na dor fixam seus corações
Mutter. Onde a angustia encontra o amor.
III
Wahrlich. Enegra-se o céu espesso
Ich. Trazendo acorrentado partilhadas
Sage. Compaixões de rostos ignotos,
Dir. Aflições onde em lágrimas irradia o sofrimento!
Heute. Poderoso ser divino salva-me do meu medo
Wirst. E com tua mão guia-me na escuridão.
Du. Atormentada recompensa aceite
Mit. Luz branca te iluminou
Mir. Falas pelas portas douradas
Im. Que no entardecer deste dia
Paradiese. Atravessaremos, tendo por violinos amigos
Sein. O festejo deste dia.
IV
Mein. O sol. O sol. A águia ao longe. Vi-o.
Gott. Os peixes. O rio. O abismo. Tu
Mein. Ali. O sol. O sol. O mundo gira. Aqui.
Gott. Aqui. O sol. Quente o dia. O sol. O sol. Quente o dia.
Warum. Consumindo-se no calor
Hast. O corpo divino feito homem…
Du… Perdendo sangue…sangue…sangue…
Mich…Deixa-se consumir pelo delírio.
Verlassen…A Solidão, O medo, o abandono…
V
Mich. Lábios entreabertos onde a agonia
Dürstet. Pousou a sequidão.
VI
Es. Sacrificados olhos,
Ist. Em angustia sua missão foi completa:
Vollbracht. Vejo a pomba branca aproximar-se.
VII
Vater. Pomba trazida pelo vento
Ich. Cândidas são suas penas brancas
Befehle. Que serenamente alma recolhe.
Meinen. Puro é o corpo que adormece
Geist. Em braços de sua mãe -
In. - Suas lágrimas é o manto onde
Deine. Seu sangue ampara.
Hände. E eclipsaram-se os céus e o Templo ruiu.
01/08/09
Vater. Os olhos ensanguentados no céu
Vergib. As mãos sujas pregadas na dor
Ihnen. Os secos lábios entreabertos
Denn. Olhos, mãos, lábios e um coração perfurado
Sie. Evocam o pai que o ama!
Wissen. Nuns olhos onde se espelha o trovão
Nicht. Proclama palavras do seu perdão.
Was. O seu corpo vai secando no ar frio
Sie. O seu sangue escorregando na madeira espessa
Tun. E em seu redor duros corações de multidão.
II
Weib. Pálida mulher de azul casto
Siebe. De firmes olhos dolorosos
Das. Recolhe o meu corpo!
Ist. Deixai etéreos olhos meus pés
Dein. E fixai-os no homem ao teu ombro!
Sohn. Mãe, novo filho implora o teu beijo!
Siehe. Irmão, imaculado ninho te espera
Das. Onde o manto azul cobrir-te-á
Ist. Nas horas de incertos nevoeiros.
Deine. E na dor fixam seus corações
Mutter. Onde a angustia encontra o amor.
III
Wahrlich. Enegra-se o céu espesso
Ich. Trazendo acorrentado partilhadas
Sage. Compaixões de rostos ignotos,
Dir. Aflições onde em lágrimas irradia o sofrimento!
Heute. Poderoso ser divino salva-me do meu medo
Wirst. E com tua mão guia-me na escuridão.
Du. Atormentada recompensa aceite
Mit. Luz branca te iluminou
Mir. Falas pelas portas douradas
Im. Que no entardecer deste dia
Paradiese. Atravessaremos, tendo por violinos amigos
Sein. O festejo deste dia.
IV
Mein. O sol. O sol. A águia ao longe. Vi-o.
Gott. Os peixes. O rio. O abismo. Tu
Mein. Ali. O sol. O sol. O mundo gira. Aqui.
Gott. Aqui. O sol. Quente o dia. O sol. O sol. Quente o dia.
Warum. Consumindo-se no calor
Hast. O corpo divino feito homem…
Du… Perdendo sangue…sangue…sangue…
Mich…Deixa-se consumir pelo delírio.
Verlassen…A Solidão, O medo, o abandono…
V
Mich. Lábios entreabertos onde a agonia
Dürstet. Pousou a sequidão.
VI
Es. Sacrificados olhos,
Ist. Em angustia sua missão foi completa:
Vollbracht. Vejo a pomba branca aproximar-se.
VII
Vater. Pomba trazida pelo vento
Ich. Cândidas são suas penas brancas
Befehle. Que serenamente alma recolhe.
Meinen. Puro é o corpo que adormece
Geist. Em braços de sua mãe -
In. - Suas lágrimas é o manto onde
Deine. Seu sangue ampara.
Hände. E eclipsaram-se os céus e o Templo ruiu.
01/08/09
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