quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sinfonia das Almas

«Sinfonia de espectros, evocando
na penumbra do além, misteriosos:
Rugem vulcões blasfemos e furiosos,
Coros de virgens brancas vão cantando;
angústias e tragégias, quando em quando,
erguem mais altos gritos dolorosos
e cantos resignados e piedosos
põem na orquestração o gesto brando.
Almas...mais almas...tantas almas! Tantas
que as sigo alucinado, no seu trilho...
mas, entre as Almas puras, Almas santas
do cortejo sem fim, que vai e vai,
eu reconheço Alguém que me diz: - Filho!
e, numa prece, lhe respondo: - Pai!»

de Félix Horta in « 12 Poetas Açorianos»

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