Couve-Mal
(Para Meléndez)
I
Dois figos dentro de uma cereja
De dura maturidade frágil
Espreme-la com garfo de prata
Até ser líquido húmido,
Pegajento e mal cheiroso
E importunar o poeta
Com ele escrever poemas de ausência
Sem medo de palavras
Escreva e descreva
A cegueira em seus versos
II
Sílabas pintadas de verde
Disfarçadas de folhas.
Já eras novo e comias.
Eu estava longe.
Riscavas com giz verde
A fome da tua infância
Aspirando ingeri-la.
Em legado deixa-me as couves
Finge que me ouves.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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beleza de blog
ResponderEliminar"cultural"
Abraço Forte,
Gustavo